Kyosho e o Diecast, uma história “natural”.
O Brabham BY60 foi o primeiro modelo diecast da faricante japonesa (acima).
Alguns
podem estar estranhando as aspas no título de meu post. Ao longo do post você
entenderá o recurso ortográfico. Como vimos na primeira postagem séria do blog,
a Kyosho começou produzindo modelos a controle remoto, os famosos R/C. A
empresa ganhou durante suas primeiras duas décadas notoriedade, ao ponto de
engolir concorrentes internacionais e polarizar a atenção com sua conterrânea
Tamiya.
Embalagem da montadora segue o mesmo padrão até os dias de hoje.
Em
se tratando de publicidade, no entanto, nada mais natural que uma empresa desse
porte procurasse meios de divulgar seus produtos, e patrocinar corridas de
automóveis seria o caminho natural na década de 80/90. A empresa resolveu
patrocinar a equipe de Fórmula 1 Brabham Racing Organization (exatamente a que
levou Piquet ao seu primeiro campeonato e trouxe ao mundo o senhor Bernie Ecclestone,
mandatário da categoria nos dias de hoje), e para comemorar o patrocínio, nada mais
justo que a confecção de uma... miniatura diecast! Isso mesmo! A maior empresa
de Radio Controllers do mundo resolveu ampliar seus horizontes, e partir para o
mundo das réplicas Diecast, mercado que sempre teve vários fabricantes, mas que
sempre foi polarizados pelas gigantes Hot Wheels e Matchbox. O modelo que
inaugurou a linha de produção da fabricante japonesa foi o próprio Fórmula 1 Brabham
Yamaha BT60Y 1991, na escala 1:43. Merece destaque a escolha da escala, já que
a marca sempre teve na Europa sua principal concorrência, e no velho
continente, essa escala em especial é a mais consumida, mostrando assim que os
japoneses não vieram para brincar.
Benetton Ford da primeira coleção oficial.
Nas
fotos retiradas da internet, você percebe que o modelo, mesmo sendo inaugural, em
que se esperaria uma qualidade inferior ou detalhismo falho, é bem fiel ao
modelo real, e em nada deixa a desejar as miniaturas feitas na época e até nos
dias de hoje. O sucesso foi tão grande que a marca resolveu fazer outras
miniaturas de modelos da temporada de 1991/1992 do campeonato maior do
automobilismo internacional. E ela não brincou em serviço.
Com esse modelo, um dos pilotos japoneses mais renomados, Aguri Suzuki, se mostrou para o mundo.
Além
da Brabham, foram feitas réplicas da Williams (modelo Williams Renault FW14B),
Bennetton (modelo Benetton Ford B192), Footwork (modelo Footwork FA13 Mugen
Honda), esse inclusive imprescindível, pois a equipe era de origem japonesa e
tinha um dos primeiros pilotos japoneses, Aguri Suzuki, e, pasme a toda
poderosa Ferrari (modelo Ferrari F92A), provando que o produto tinha qualidade,
pois é notório e sabido que a montadora italiana não permite o uso de sua
imagem em qualquer produto, tendo que ser provado um grau de qualidade para os
italianos, sempre elevado em termos de fidelidade e qualidade, para reproduzir seus
modelos seja que escala for. Prova mais do que viva que a marca começou com o
pé direito, e era questão de tempo até se tornar uma das maiores no gênero,
como fez com os R/C. Mas ai é história para outro dia.
Realismo nos detalhes do Footwork Footwork FA13 Mugen Honda provam que a marca prezava pela fidelidade, desde o seu início.
Para
finalizar, uma dica: apesar de serem antigos e um tanto quanto raros, não são tão caros de serem adquiridos, se comparado com raridades de outras marcas. Fica a
dica hein?!
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