Detalhismo e qualidade aonde ninguém imaginava
Escala 1:64 mostra até onde uma marca pode chegar.
O realismo marca a escala 1:64, mesmo com toda a dificuldade que o tamanho proporciona.
Olá! Depois de uma bela ceia de natal, nada melhor do que matar a ressaca com mais história
da marca que amamos e queremos tanto. Vocês já sabem como tudo começou
(literalmente) e como a marca japonesa referência em diecast começou no
segmento de miniaturas. Mas e a escala mais famosa, difundida e disputada?
Quando a Kyosho começou a fazer modelos 1:64?
O ano é 2002. A fabricante já
havia se especializado nas escalas mais famosas e que, de certa forma, permitia
mostrar ao mundo que no oriente se sabia fazer réplicas com detalhismo ímpar,
deixando em nada a desejar das grandes marcas. Porém, a escala mais popular
faltava em seu casting. E ela começou de uma forma que poucas haviam feito.
Modelos que fizeram história no automobilismo mundial também são o mote da coleção.
A linha era chamada de Bead Collection,
e juntamente com a J-Collection (essa em escala maior, entre 1:43 até 1:10)
inauguraram o segmento diecast em nível industrial. Claro que os primeiros
modelos seriam japoneses, da mesma forma que suas concorrentes, no passado,
prezaram e deram maior destaque à modelos do imaginário de seus países de
origem. Enquanto a J-Collection impressionava, mas mantinha o padrão de marcas
como Autoart e Ixo, empresas essas importantes na formação da Kyosho como
manufatura de modelos diecast, que explicarei em outro momento, na escala 1:64
a história foi bem diferente.
Todos os modelos são ricos em
detalhes, desde rodas e decalques que representam exatamente o modelo original,
até aqueles que todos colecionador mais chato e exigente questiona em uma
miniatura, como pneus de borracha, retrovisores, faróis e lanternas. Destaque
para o fato da linha ter sido lançada como uma série “básica” para
colecionadores avançados, o que equivaleria ao linha adulta da Hot Wheels.
Inclusive, ela é a maior fonte de inspiração e modelo seguido pelos japoneses,
porém, parece que os nipônicos só se espelharam nas partes boas, e aboliram as
ruins.
A lista de Bead Collections é de
mais de 150 modelos. Algumas particularidades aqui devem ser explicadas, para
evitar dúvidas e ajudar no colecionismo da marca:
- Por mais que o modelo tenha
numeração diferente, muitas vezes é o mesmo modelo, apenas com outra cor ou
decalque.
- Muitos modelos aparecem na
linha básica (Linha Sunkus K, que explicarei mais a frente) e na Bead
Collection, contudo, seus moldes e detalhes são diferentes. Os Beads são ainda
mais detalhados.
- Todos os modelos são “True 1:64
Scale”, ou seja, a escala é 1:64 real, diferente de outras marcas, que por
maior liberdade na sua criação, tem apenas a escala aproximada do modelo,
variando de 1/60 até 1/72.
- Apesar de todo o detalhismo, os
modelos japoneses não abrem as portas ou capô, mesmo em sua linha mais luxuosa.
Vale aqui uma pequena defesa: todos os modelos foram feitos para serem comuns,
de preço baixo,mesmo que o detalhismo seja alto, o que a marca sacrificou foi
justamente as aberturas existente em um automóvel, da mesma forma que a marca
que ela se inspira, a Hot Wheels.
- Infelizmente, em 2009 foi
lançado o último modelo dessa série fantástica. Contudo, muitos colecionadores
internacionais consideram os modelos lançados avulsos e comemorativos (como
lançamentos de modelos reais ou séries limitadas) como integrantes da Bead
Collection, devido ao detalhismo e esmero maior desses modelos com relação a
série básica.
Dessa forma, a Kyosho ingressou
na escala mais popular e fascinante para maioria dos colecionadores, e mostra
até hoje, que mesmo que preze pela economia e preço de seus produtos, pode-se
fazer algo em que a qualidade e a riqueza de detalhes salta aos olhos, e não
empobrecendo seu produto e usando como desculpas crises financeiras e mudanças
mercadológicas. Com certeza, é a personificação da frase “O discípulo superou o
mestre”. E muito.
Mais uma bela matéria sobre essa marca que me apaixono a cada dia, já compartilhei na pagina do meu blog. Abração.
ResponderExcluirMuito bacana a matéria Jefferson!!! Optar por não ter peças móveis e investir em qualidade foi uma bela estratégia de produção! Até porque na escala 1:64 criar peças móveis encarece muito o projeto e às vezes os moldes ficam ruim... (até chegar a M2 e provar que é possível criar várias peças em uma miniatura nesta escala com perfeita qualidade haha)
ResponderExcluirParabéns pela matéria!
abraço
Bacana amigo! Sempre bom saber que a paixão pela marca está crescendo a cada dia aqui pelo Brasil... Sem querer ser chato, mas aproveitando o espaço, vc poderia fazer um balcão de trocas (nao vendas) no site. Só eu tenho mais de 80 minis da kyosho repetidas para troca! Abração e sucesso!
ResponderExcluirCaro Unknown poderia se identificar para realizarmos algumas trocas.
ExcluirAbraços
Obrigado antes de mais nada pela dica. Se quiser propor ou pensar junto no assunto, mande-me e-mail (jeffypaiva@gmail.com). Estarei pronto para atender e escutar os anseios dos leitores, até por que eu tbm tenho minis repetidas, hehehehehe.
ExcluirAbraços!