OEM/ Dealer Edition: A volta da Bead
Collection?
Miniaturas avulsas da Kyosho intrigam colecionadores e até vendedores.
Você já imaginou comprar um carro, qualquer um, com a logomarca de outra empresa? Ou mais, sem nenhuma logomarca? Será que você compraria sabendo que outra pessoa montou aquele carro que não a antiga montadora que o criou? O que pode parecer loucura, no colecionismo diecast, é natural. Muitas marcas contratam fábricas para terceirizar a montagem, embalagem e distribuição de seus produtos. Porém, muitas vezes, o contrato é encerrado sem a detentora de o material reivindicar a posse dos restos do material já produzido. Acontece também que, para baratear custos e dar exclusividade a um determinado produto, muitas vezes uma marca o produz sem qualquer referência ao original, gerando um similar de preço mais accessível e de menor tiragem.
Pode não parecer, mas essa miniatura têm a assinatura Kyosho em sua fabricação.
Acabei de explicar de forma bem
genérica a linha OEM e a Dealer Edition da Kyosho. Esse recurso está se
tornando cada vez mais frequente na marca, gerando confusão e muitas
especulações em volta destes produtos, que ainda não foram definidos como mera
estratégia de marketing ou uma nova linha diecast. Para entendermos melhor,
basta lembrar o post que fiz sobre a origem da produção da Kyosho, e que em uma
mesma fábrica, muitas marcas produzem os seus produtos simultaneamente, gerando
desconfiança e troca de informações e base técnica entre as mesmas.
Com essa informação na cabeça,
algumas manufaturas chinesas resolveram terminar de produzir modelos que foram
deixados pelas empresas que utilizavam suas linhas de produção e vender no
varejo. As exigências são simples: não pode haver nada que identifique a marca
que pertence aquele molde, em troca de total liberdade de negociação do
produto. Nasceu assim a OEM, que é a abreviação de Ex-Manufactoy Model, ou em
uma tradução livre, “antiga fábrica do modelo”. Em outras palavras, as sobras de
produção são montadas, decoradas de forma diferente da original e colocada à
venda para comerciantes e lojistas especializados. Problemas para os
colecionadores? De nenhuma forma. As marcas montadas, como a Kyosho, exigem
alto grau de qualidade e precisão em sua montagem, o que garante a qualidade,
além de serem sobras, o que geram séries bem limitadas em termos de peças. O
que poderia ser um fiasco vira uma verdadeira mina de ouro. Se você conseguiu a
sua OEM, parabéns. Se não, prepare-se para desembolsar, no mínimo, 50 dólares
(100 reais) para obter uma peça. Pode até ser salgado, mas acredite, a
exclusividade é total.
Detalhes mínimos diferenciam a versão OEM da versão de produção em série. Detalhes sutis, que fazem a diferença na hora de vendê-las, acreditem!
E a Dealer Edition? É essa
“série”, por assim dizer, que tem levantado suspeita e dúvidas de muitos
colecionadores e fóruns. A Dealer Edition deveria ser, na sua idéia original, a
produção em escala limitada, de um modelo à pedido de determinado fabricante,
geralmente automotivo. Contudo, existem dois tipos de “Dealers” no mercado, o
que faz com que a coisa fique confusa, em um primeiro momento.
O primeiro tipo de Dealer é a
produção limitada de determinado modelo para agraciar alguma campanha de
marketing. Modelos da BMW, Audi e Nissan foram feitos nesse esquema, seja para
serem presenteados como brindes na compra do modelo real ou marcar o lançamento
do modelo em questão. Geralmente tem o mote de um OEM, não carregam a marca da
empresa que construiu, e a única referência está na embalagem do modelo,
geralmente no fundo da embalagem.
Mini oficial de lançamento, mas vendida oficialmente pela Kyosho. Será que esse será o "jeitinho japonês" para fazer uma série mais detalhada, como a era a Bead Collection?
Contudo, a própria Kyosho colocou
a venda Dealer Editions oficiais da marca, como o Bettle, o Porsche 911 e o
Lexus LFA. Então, seria esses modelos um Dealer Edition? Mas se são Dealers,
como são oficiais, com logomarca debaixo da mini e tudo? A resposta é: teste de
mercado. Muitos colecionadores e fóruns acreditam que os Dealers sejam um teste
de público e crítica com relação a modelos mais bem acabados. Em outras
palavras, um ensaio para a volta da Bead Collection, que tinha o mesmo mote de
exclusividade e acabamento. Vale salientar que a série Bead acabou em 2009, e
desde então, muitos modelos foram supervalorizados, mostrando a marca japonesa
que existem sim público, principalmente no exterior, para miniaturas ainda mais
detalhadas na escala 1:64. Se a série mais detalhada da fabricante oriental
voltará ou não, só o tempo dirá. Contudo, com a frequência cada vez maior de
modelos sendo lançados nesse parâmetro, para mim, será questão de tempo até
vermos a Dealer Edition oficializada. Torcida e colecionadores é que não falta,
com certeza.
fotos: Site Daboxtoys e Google Images
fotos: Site Daboxtoys e Google Images
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